domingo, 10 de julho de 2011

Venha o futebol a sério

Não tenho escrito nada acerca das aquisições do Benfica.

Vou continuar a escrever nada acerca das aquisições do Benfica.


Para já, não tenho paciência para estar a dissertar sobre jogadores que hoje vêm para o Glorioso e amanhã estão a jogar no Rio Ave ou no Atlético. Ou então o negócio já está certo, só falta a caneta para assinar o contrato e depois afinal... o jogador nunca interessou. Sinceramente prefiro quando as coisas ficam mais compostas.

Depois acho que é uma grande seca de futebol. Nesta altura do ano apenas leio as capas dos jornais, não vale a pena comprar... por mais que a capa seja aliciante. Leia a menos que encontre um jornal perdido num banco do metro.

No início de mercado muito se fala sobre as inúmeras possibilidades de jogadores que podem vestir o Manto Sagrado. Quem poderá vir para o lugar do roupeiro? Quem é o jogador que se vai sentar no 3º Anel? Bem, mas este ano as inúmeras possibilidades confirmaram-se!!

Para já apenas estou entusiasmado com o Nolito e com o Bruno César, e espero bem que o filão argentino não seja negócio para proveito próprio que não o Benfica!!

Quero ver quantos miúdos da formação (com capacidades) que já rodaram noutros clubes, vão ser integrados na Equipa Principal! Não é lançá-los em jogos da taça da liga com mais uns quantos não titulares, é metê-los no decorrer dos jogos ao lado de Saviola, Aimar, Luisão, etc.

Com a aquisição desta malta toda, vão ter de os colocar a rodar. No ano que vem serão integrados, vendidos ou emprestados? É cedo, muito cedo para estar a pensar nisso. Pois, mas estamos a ser um Clube que está a programar a Equipa para o futuro ou vamos continuar a ser compradores, uma vez que boa parte deste lote vai para outras ligas e depois, possivelmente, voltamos a comprar reforços!! Qual é a estratégia?

Estamos a comprar jogadores para atrair negócios e sermos rampa de lançamento para a Europa ou estamos a contratar para formar Equipa para conquistas?

O jogo com o Servette foi... muito fraquinho. Ok que começamos há duas semanas, que a Equipa ainda não está formada, que ainda vão entrar jogadores, falta o Maxi e o Luisão, o ritmo ainda não é alto, ontem tinham feito um "jogo" e blá, blá, blá. Conseguimos sempre arranjar desculpas para minimizar as situações, mas o certo é que não demonstraram ter fome de bola.

Eu quero uma Equipa combativa e competitiva. Uma Equipa que tenha excelentes jogadores alternativos aos ainda mais que excelentes da Equipa Principal. Não quero que a conquista da época seja a... taça da liga!!!

Livrem-se de vender jogadores titulares a meio da época... isso é atitude de (des)organização medíocre e que está à rasca para encaixar dinheiro!!!

PS: Quanto à saída do Coentrão, era inevitável, apenas era escusado aquele episódio no treino.

SOU DE UM CLUBE LUTADOR

1 comentário:

Carlos Machado Acabado disse...

Eu sei que há benfiquistas para quem o treinador e o presidente estão cima da crítica, entendendo-se por anti-benfiquismo a prática salutar da lucidez [e da] crítica como elicerces de um anticonformismo que, esse sim, constitui um sinal fundamental de Benfiquismo.

Vem isto a propósito da notícia hoje divulgada da venda por 40 milhões de € de Radamel Falcao, um jogador que o Benfica começou por abordar mas, depois, não soube contratar perdendo-o para os imencionáveis do Norte.

Os suspeitos do costume...

Há muito já que o Benfica vem seguindo uma política de raposa-e-as-uvas que começou com Ulf Kirsten ainda no tempo de Damásio, [um vale-e-azevedismo em ponto pequeno...] continuou com o romeno Rodion Camataru, Jardel, Falcao, Àlvaro Pereira, Danilo e Alex Sandro, jogadores todos eles que o Clube perdeu para os piratas negociais daquela gente do Apito...

Ouvindo a Benfica Tv, por outro lado, é usual ouvir gabar as virtudes da política do custo zero como se aquilo que faz a História dos clubes fosse o registo do custo dos respectivos jogadores. E como se não houvesse falando de empresas uma coisinha chamada «investimento», muito diferente de outra chamada «despesa». O demasiado dinheiro que os inomináveis pagaram para roubar o jogador ao Benfica rendeu à falta de ética com que tipicamente agiram um retorno de uma mão-cheia de milhões e se calhar ainda a cedência do passe de Sálvio, outro jogador "demasiado caro" para os cofres e para a falta de visão empresarial, leia-se: para para a merceeirice negocial do maior clube desportivo nacional...

O futebol-indústria, entre nós, é [mas não tem de ser!] de há um tempo para cá, para os batoteiros, para os chicos-espertos, os patos bravos do pontapé na bola [e na moral], para a mafia das contratações e dos tantos por cento empochados a boleia...das negociatas chorudas...

E ainda há outro nome que tem de vir à colação. Depois de se "interessar" por um defesa central francês a jogar na Bélgica que, mais uma vez, não soube contratar e foi para os inopmináveIs do norte, Rui Costa segundo o Record ainda terá feito uma démarche. O que eu aposato é que para culminar uma batalha que já foi perdida--a das contratações---tratada com a oportunidade e a argúcia negocial que se vê, o Benfica ainda há-de assobiar às botas do primeiro jogador publicamente anunciado como alvo do interesse do Clube, exactamente aquele que obteve contra nós, o golo do empate na recente eliminatória da UEFA: o costa riquenho Bryan Ruiz.

Quam aposta comigo que, para o ano, mais esta lebre levantada pelo tacto negocial dos génios Rui Costa e Filipe Vieira, vai acabar com fato de presidiário azul e branco às riscas verticais, cumprindo uma "indesejável tradição" que se consolida um pouco mais a cada nova época...